quinta-feira, 23 de abril de 2009

If it makes a difference

Chamam-se Instead, são de Lisboa, e nasceram algures entre 2003 e 2004, de um sonho comum de fazerem música à medida da sua diferença e originalidade e dos seus desejos mais intímos.

O álbum de estreia foi editado no final do ano passado e chama-se "Wake up from your slumber", e reflecte tudo aquilo que são os Instead: uma banda única, original, com um enorme talento e uma dedicação absoluta á arte de fazer música. Ok, eu sei que sou suspeita para falar, porque conheço-os há já algum tempo, são meus amigos e praticamente vi este projecto nascer, mas não posso deixar de fazer este post em sua homenagem.
A festa oficial de Apresentação do disco, vai acontecer no próximo dia 26 de Abril, pelas 22.00H, no Clube Knock-Out, em Vale Figueira. Escusado será dizer que é imperdível!
Deixo-vos o primeiro vídeo oficial da banda, do single "If it makes a difference".




Para saber mais visitem www.myspace.com/insteadmusic

segunda-feira, 20 de abril de 2009

YAMI@Fábrica do Braço de Prata


Ouvir o Yami (ou Fernando Araújo) é fazer uma viagem por terras longíquas como África e Brasil, sempre com Portugal no horizonte. Yami é angolano, mas vive há quase 30 anos em Portugal e tem um percurso musical brilhante e invejável.

Ver e ouvir o Yami é sempre uma garantia de assistir a belos momentos musicais, de uma energia tão positiva e vibrante que contagia... É impossivel não dançar ao som da sua música e não sorrir em resposta ao seu sorriso luminoso e genuíno. Importa dizer que o nome Yami significa em Kimbundo "aquilo que vem de mim", o que já diz quase tudo.


Mãos cheias de boa energia, "Good Vibes", e música e músicos de altíssima qualidade, é o que podemos esperar de um concerto de Yami. Na forja está um novo álbum, mas o anterior continua a dar que falar, com temas como "Aloelela" ou "Música ao longe".

Absolutamente imperdível!

"Vêm de sul e são transmarinas, as raízes. Talvez por isso, não há som nem verso nem panorâmica que não se tropicalize. Irredutivelmente diversas, fincam-se nas figuras rítmicas panafricanas, entre formas tradicionais e inovações crioulas — quer nas das músicas de dança das cidades de África, como semba, coladera e morna, quer nas das músicas da diáspora africana, como funk, reggae e rumba — e germinam nas criações musicais de YAMI outra e outra e outra coisa. Se de olhos bem fechados — como se aconselha a escuta —, experimenta-se sem distância a canícula dos lábios que cantam e riem; o ébano dos corpos dançantes que, ora juntos ora separados, alisam capins e enxotam formigas, e o aroma dos cajueiros floridos e das mangueiras em fruto, subindo e descendo a espiral do som que torna viagem do hemisfério da alma."

Os Músicos:
YAMI (Fernando Araújo): Voz e Guitarras;
Nelson Canoa: Teclas e Acordeão;
Tiago Santos: Guitarras;
Ciro Cruz: Baixo;
Mário: Percussões.

Para conhecer melhor o Yami:
www.myspace.com/yamimusica

*Foto retirada da Internet

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Bizarra Locomotiva@Musicbox

Os Bizarra Locomotiva apresentaram o seu novo álbum "Album Negro", na passada 6ª feira, no Musicbox e não goraram nenhuma das minhas expectativas. Depois de os ter visto ao vivo pela primeira vez em 2006, estava realmente ansiosa por este álbum e por mais uma oportunidade de os ver em concerto.

A única palavra que me ocorre é brutal. O poder musical destes senhores é absolutamente brilhante, o espectáculo é sempre surpreendente e hipnotizante, as letras são tão brutais que chegam a doer... Uma banda e um projecto únicos no panorama musical português.
Os fãs responderam em grande estilo e esgotaram o Musicbox, ávidos das novidades do álbum novo, como "Anjo Exilado" (com a participação de Fernando Ribeiro dos Moonspell), "Ergástulo" ou o genial "O Grito" e recebendo com euforia alguns clássicos como "Homem Máquina", "Escaravelho" ou "Cada Homem".

Ficam aqui as palavras do José Luis Peixoto acerca do "Àlbum Negro", já que concordo em pleno com a sua opinião:

"Brutal. Poucos adjectivos caracterizam tão bem o novo registo de Bizarra Locomotiva. Sem piedade, “álbum Negro” é brutal mesmo nos momentos mais brandos, mais lentos, mesmo quando a voz é sussurrada. … brutal porque existem verdades que têm de ser ditas e existe a honestidade absoluta para dizê-las , existe a intensidade daquilo que é apenas genuíno. Nenhuma faixa deste disco é dispensável. Juntas, ordenadas, formam um caminho completamente inédito naquilo que já se gravou em português. A música, o som, as vozes levam a própria língua a novos lugares. Nesses espaços, o ouvinte poder encontrar revolta ou angústia, nostalgia ou raiva, pode encontrar um mundo inteiro. Em qualquer um dos casos, em qualquer um dos muitos tons de negro deste álbum, aquilo que está sempre presente é esse carácter brutal, essa verdade que se afirma a cada segundo do leitor de CD, que faz com que se ouça repetidamente e que faz com que este seja um disco assinalado na historia da musica portuguesa. ” -
José Luís Peixoto, Abril de 2009.
Os Bizarra Locomotiva são:
- Rui Sidónio - Vox
- Miguel Fonseca - Guitarras
- B.J. - Máquinas
- Rui Berton - Bateria


"Cada Homem" 2002

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Strange But True

Hoje acordei com esta música na cabeça e não consigo deixar de a cantar, intimamente, entredentes, em surdina. Já não a ouço há bastante tempo, o álbum data de 2000, e eu não o ponho a tocar há ja tanto tempo que nem me lembro quanto.


Em 1993, fui assistir ao concerto do Prince (no velho Estádio de Alvalade) e tive uma revelação: eu não acredito que a perfeição exista, mas este homem está, certamente, lá muito perto.
Eu tinha 17 anos e nada voltou a ser como dantes. A partir daí comecei a coleccionar sôfregamente a discografia do Prince (que é imensa), os concertos ao vivo, as escassas entrevistas que deu ao longo dos anos, as suas excentricidades e devaneios (entre sucessivas mudanças de nome e de título, conversão a religiões estranhas e outras loucuras). Considero-o um génio, um dos maiores ícones da Música no Século XX.


Sei de cor, grande parte das suas músicas. Passei muitos anos a perscrutar os discos faixa a faixa, á procura de tesouros escondidos, decifrando as mensagens menos claras, decorando as palavras mais duras e emocionantes.
Mas continuo a não perceber, porque é que hoje, mal acordei, esta música soou tão nítida na minha cabeça. Como não a consigo esquecer, partilho aqui as suas palavras:



Strange But True


Okay, let me say this quick - before I start 2 cry
U're the only one that I gave it 2, the one I fantasised 4
And time away from U has taught me
What I should have known
That this hole I'm trying 2 fill with another - yeah, it's grown
And I got your package
But when I tried 2 write back I bailed
See, trying 2 express the future, sometimes language fails
And over this time I've learned
My life force is increased by knowing U
Every door that closes, another one opens
Strange but true
Strange but true


No regrets because I forget the unfamiliar faces
Those petty lies and alibis, just golddiggas chasing
Dreams of sovereignty, they tried to come between U and me
A curse there in set forces a chain of events
That only freed me when I remembered
Where I was and who I am
The only Prince that will ever rule this holy land
All understand and all standunder this affirmation now
By the power invested in me by God...
All negativity bows


Strange but true, let's see what U can do


U may have lost me, but I found myself
The ones who love me without condition - this is my wealth
And with these words I will win
Repeat them over and over again
All understand and all stand under this affirmation now
By the power invested in me by God...
All negativity bows
All negativity bows
All negativity bows

"Rave unto the Joy Fanstastic", 2000


All negativity bows. Strange but true. É isso.


* Foto retirada da Internet