segunda-feira, 22 de junho de 2009

Memórias de Branca Dias


"Com uma existência entre a História e a Lenda, considerada uma das matriarcas do Pernambuco, Branca Dias é, no século XVI, no Brasil, símbolo do povo miúdo português no Novo Mundo, evidenciando o lado popular do heroísmo quotidiano, exultante e aziago, miscigenador e dizimador, generoso e rapace dos primeiros colonos portugueses no Brasil.

É sábado. Está muito calor. Estamos em Olinda, no Pernambuco brasileiro do séc XVI, em casa de Branca Dias, portuguesa cristã-nova de Viana da Foz do Lima. Denunciada pela própria mãe e pela irmã, é presa pela Inquisição em Lisboa, de onde parte clandestinamente com sete filhos, para o Pernambuco. Com Diogo Fernandes, seu marido, constrói Camaragibe, um dos primeiros engenhos de açúcar do Pernambuco, onde cria os seus onze filhos, e onde permanecerá dez anos depois da morte do marido como a primeira senhora de engenho do Brasil. Vende Camaragibe para se instalar em Olinda, onde se torna mestra de meninas, criando a primeira escola de costura e de cozinha.
Entre as três orações do dia, Branca Dias recorda e revive os principais momentos e pessoas da sua vida.

Branca Dias é uma adaptação dramatúrgica do romance de Miguel Real
Interpretação: Rosário Gonzaga;
Adaptação dramatúrgica e encenação: Filomena Oliveira;
Orgânica sonora e Música original: David Martins;
Desenho de Luz: Paulo Cunha.

Aproveitando a presença do CENDREV com "Memórias de Branca Dias" no palco do Teatro da Comuna em Lisboa, durante o passado fim-de-semana, foi-me possível assitir a um belo momento de Teatro, com um texto lindíssimo e com uma interpretação brilhante e absolutamente comovente de Rosário Gonzaga.

A não perder... algures num palco por esse Portugal fora!

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