segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O Estranho Caso de Benjamin Button

A minha Avó costumava dizer que, para a vida ser perfeita, deviamos todos nascer velhos e ir rejuvenescendo á medida que o tempo passa e acabarmos como bébés de colo. Dizia que assim era certamente muito mais justo. Foi com esta lembrança muito viva na minha memória que não pude resistir ao apelo de ir ver "O Estranho Caso de Benjamin Button".
Uma cama de hospital, um furacão que se aproxima, um soldado morto na guerra, um relojoeiro de nome francês, um diário, o relógio da estação nova cujos ponteiros andam para trás. Um homem que vive com o tempo ao contrário, com a vida virada do avesso, que caminha no sentido contrário de todas as outras pessoas. Assim se faz esta história, aparentemente retalhada, entrecortada, sem nexo. No entanto, tudo tem a ver com tudo, nada é coincidência, todos os minutos estão ligados de forma surpreendentemente lógica.
Nem vale a pena dizer que adorei o filme. Retrata de forma absolutamente brilhante como é dificil aceitar a diferença dos outros e, em especial, como lidar com a nossa própria diferença. Um olhar muito inteligente sobre a velhice e a juventude, sobre as escolhas que fazemos e as oportunidades que desperdiçamos, um apelo a viver cada dia como se fosse último, "porque amanhã não se sabe o que virá". Uma bela visão sobre o mundo e os milagres da vida, sobre o amor e a amizade, sobre a angústia e a esperança, sobre a importância do tempo e o que escolhemos fazer com ele.
Interpretações geniais de Brad Pitt e Cate Blanchett, num fime para rir e para chorar, para sentir e pensar.
Imperdível!


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