sexta-feira, 26 de junho de 2009

O Rei da Pop

Nem tenho palavras para descrever a minha sensação de surpresa e choque com a notícia da morte de Michael Jackson... Fiquei nos primeiros segundos, perplexa, parada em frente ao televisor, a reler as parangonas que diziam "morreu Michael Jackson esta tarde", como se estivesse a ver mal, ou não estivesse mesmo a perceber nada do que estava a acontecer.

É incrivel como há figuras que são tão constantes e consistentes nas nossas vidas, que nós nunca pomos sequer a hipótese de que possam vir a desaparecer um dia, como se assumíssemos que são eternas. O MJ era, sem dúvida, umas dessas personagens míticas.
Estou chocada. E triste. É mesmo muito estranho viver num mundo onde o Michael Jackson já não existe.

Que dizer de MJ? Em 1983, vi o videoclip de "Thriller" pela primeira vez. Tinha 7 anos e foi uma sensação indescritível... tive um medo de morte de todas aquelas figuras horrendas a sair dos túmulos, zombies a vaguear pela noite, e o próprio MJ transfigurado em lobisomem. A verdade, é que nada voltou a ser como dantes no mundo da música depois disso.
Relembro que a MTV tinha iniciado emissões regulares há apenas 2 anos e que muito poucas bandas faziam videoclips (e os que haviam eram mesmo muito básicos). Quando o Thriller começou a passar na T.V. toda a gente ficou de olhos esbugalhados, porque foi uma megaprodução, algo inédito e nunca antes visto.
O mais engraçado de tudo, é que ainda hoje, passados 26 anos, sempre que o video passa nalgum canal, paro sempre para o rever. Continua a ser genial.
A verdade é que nunca nenhum artista arriscou tanto, inovou tanto, brilhou tanto. Nunca nenhum artista vendeu tantos discos (só o álbum Thriller vendeu 50 milhões de cópias), nunca nenhum artista alcançou a dimensão universal que MJ alcançou.


Foi o 1º afro-americano a ter um vídeo a passar na MTV, ganhou 25 Grammys (19 a solo e 6 com os Jackson 5) e inventou o Moonwalk (e tantas outras coreografias extraordinárias), mas foi também motivo de muitas notícias bizarras e excêntricas, de muitas polémicas e escândalos.


Para mim, fica-me apenas a memória de um artista fenomenal, pioneiro e visionário em tudo o que fez, uma referência incontornável para a maioria dos músicos de todo o mundo, e que nos deixa uma herança musical inigualável, um verdadeiro tesouro artstico, que provavelmente nunca nenhum outro artista terá capacidade de imitar. Uma carreira brilhante de três décadas, com momentos geniais, consubstanciados em temas inesquecíveis como "Billie Jean", "Beat it", "Bad", "Remember the time", "Black or White" ou "Earth Song" e tantos, tantos outros, que cresceram e viveram connosco, e que alteraram para sempre e de forma indelével, a nossa forma de ouvir e viver a música.


Ontem, morreu também a actriz Farrah Fawcett, um dos maiores ícones da beleza americana dos anos 70, depois de uma batalha dura e longa com o cancro. Um dia trágico, sem dúvida.


* Foto retirada da Internet

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu ja te tinha feito aqui um comentário, mas isto deu um erro qualquer e n tive de tempo de cá voltar.. ja parece um pouco fora de horas, mas n quero deixar de dizer que é como dizes, os nossos sentimentos sobre isto são muito semelhantes.

Viva o REI, hei-de respeitá-lo e adorá-lo SEMPRE.

Beijão!!