Desejo a todos um óptimo Natal e um Ano de 2010 absolutamente brilhante!
BOAS FESTAS!
"Let me take you on a trip, around the world and back you won't have to move, you just sit still"
"Soledad"
Soledad
Antes que o sol se vá
como um passaro perdido
também te direi adeus,
Soledad, Soledad
Também te direi adeus....
Terra
Terra morrendo de fome
Pedras secas, folhas bravas
Ai quem te pôs esse nome
Soledad, Soledad
Sabia o que são palavras…
Antes que o sol se vá
Como um gesto de agonia
Cairás dos olhos meus
Soledad
Indiazinha
Indiazinha tão sentada
Na cinza do chão deserta
Que pensas, não pensas nada
Soledad, Soledad
Que a vida é toda secreta...
Como estrela, como estrela
Nestas cinzas
Antes que o sol se vá
Nem depois não virá Deus
Soledad, soledad,
Nem depois não virá Deus
Pois só ele explicaria
A quem teu destino serve
Sem mágoa nem alegria
um coração tão breve
Também te direi adeus
Soledad, soledad
Cecília Meireles
Para mais informações, visitem o site da banda www.chambao.es
Foi no passado dia 3 de Julho que a Companhia Teatro da Garagem comemorou o seu 20º aniversário, como não podia deixar de ser, de forma inimitável e junto ao seu público. Eu tive a sorte de estar presente neste acontecimento único.
"António e Maria resume o amor impossível. Na primeira parte do espectáculo assistimos a uma sucessão de quadros delirantes que invocam a Carne numa celebração trágica. Na segunda parte a Lua derrama a sua luz sobre a Terra distante, espécie de elegia de tudo o que passa sem ficar. Um cavalo atravessa a cena convidando-nos a continuar a Odisseia Cabisbaixa, após um jantar volante no Jardim de Inverno do São Luiz Teatro Municipal.
Bela e o Menino Jesus constitui a segunda parte da Odisseia Cabisbaixa. A acção decorre agora em Marte e termina talvez na cintura de asteróides, que forma o Anel de Saturno, carrossel de detritos, monstruosidade bela e geradora de outras possibilidade, resultante da explosão de um planeta.
Em Marte e no Anel de Saturno, o espectador pode muito bem viajar para o espaço da utopia ou rever um certo Portugal de Miguel Torga, Manuel da Fonseca e Alexandre O`Neill, um Portugal de uma pobreza, que ultrapassava o material, e de uma arte que falava de um espaço fundador da própria identidade portuguesa, denunciando assim essa pobreza. No caso desta Odisseiazinha, o problema não é tanto o da erradicação da pobreza, mas a sua utilização como metáfora que denuncia um outro, muito mais actual, o de um deficit de realidade. Cada vez menos se percebe o que é real, a presença dilui-se diariamente. O império do virtual é também o reino da ilusão, no qual a própria certeza de existirmos é uma incógnita que necessita de uma dor, ou de um belisco, para se certificar de não pairar na região sonâmbula das sombras.
Em Marte, há muito frio, neve e enormes monólitos de granito, memórias caladas da Terra, que os homens carregam como fardos. Os agricultores cultivam prodigamente batatas, sonhos de uma existência em que ainda eram heróis capazes de dormir à noite, sem o temor de acordar num mundo diferente na manhã seguinte.
Odisseia Cabisbaixa é uma metáfora do entendimento que fazemos de teatro. Trata-se de entender o teatro como acção cívica para a transformação do mundo e, nesse sentido, o teatro reconfigura a Terra (a ficção científica é, de certo modo, imaginar o futuro com os olhos no presente); quanto mais as personagens se afastam da Terra mais dela se aproximam. A companhia é a célula onde se ensaiam novos mundos numa escala laboratorial: singular e efémera, sem outro resultado que a memória que dela fica.
Quanto à possibilidade de mudança, é acreditar no trabalho e na sorte, que é como quem diz no milagre do Menino Jesus".
Duas peças geniais, um puro festim de criatividade teatral, doses industriais de loucura e surrealismo, onde é possivel rir e chorar com a mesma intensidade, amar e odiar ao mesmo tempo, dando a oportunidade ao público de se refastelar na cadeira e apenas apreciar a arte!
Mais uma iniciativa brilhante do Teatro da Garagem, que se assume como uma das mais inéditas e excitantes companhias de teatro deste pais! Eu sou fã!
* Fotos e informação retirada da Internet
Nem tenho palavras para descrever a minha sensação de surpresa e choque com a notícia da morte de Michael Jackson... Fiquei nos primeiros segundos, perplexa, parada em frente ao televisor, a reler as parangonas que diziam "morreu Michael Jackson esta tarde", como se estivesse a ver mal, ou não estivesse mesmo a perceber nada do que estava a acontecer.
"Com uma existência entre a História e a Lenda, considerada uma das matriarcas do Pernambuco, Branca Dias é, no século XVI, no Brasil, símbolo do povo miúdo português no Novo Mundo, evidenciando o lado popular do heroísmo quotidiano, exultante e aziago, miscigenador e dizimador, generoso e rapace dos primeiros colonos portugueses no Brasil.
"Em A Arte do Crime, peça que estreou em 1981, Richard Harris constrói uma intriga policial excepcionalmente tensa e enigmática, em torno de três protagonistas: um Inspector-Chefe da Polícia, uma escritora de séries e peças policiais e o misterioso homem que os atrai a casa dele sem que se perceba com que intenção o faz.
Chamam-se Instead, são de Lisboa, e nasceram algures entre 2003 e 2004, de um sonho comum de fazerem música à medida da sua diferença e originalidade e dos seus desejos mais intímos.
"Cada Homem" 2002
Hoje acordei com esta música na cabeça e não consigo deixar de a cantar, intimamente, entredentes, em surdina. Já não a ouço há bastante tempo, o álbum data de 2000, e eu não o ponho a tocar há ja tanto tempo que nem me lembro quanto.
“Organizado pela Junta de Freguesia de Corroios desde 1996, sem qualquer interrupção, o Festival de Música Moderna de Corroios, na sua origem designado por Festival Novos Caminhos, busca promover e valorizar os novos talentos da música portuguesa, abrindo portas para a sua afirmação.
Deste Festival sairam já nomes hoje reconhecidos como os «Luazzuri»/1996 (com David Rossi - actualmente no projecto Zedisaneonlight - Zona Música), «Sirius»/1996 (UHF – alguns elementos fazem parte da formação que acompanha António Manuel Ribeiro), «Yellow W Van»/2000 (assinaram contrato com a editora Universal em 2001), «Factos Reais»/2001 (com os trabalhos "Será Justo" editado em 2003 e recentemente “Plano B” editado pela Matarroa), «Ashfield»/2002 (segundo lugar no Termómetro Unplugged 2003), «Plasma»/2003 (vencedores em 2004 do concurso “Alarga a Tua Vida” da Alcatel, na categoria Pop-Rock), «The Poppers»/2004 (“Boys Keep Swinging”- Rastilho Records-2006), «UMEED» e «Sugar» 2005, «New Connection»/2006 (“Guts” - Mouraria Records - 2006) entre muitos outros como: «Easyway», «Orgasmo», «Triplet», «You Should Go Ahead», «Dapunksportif» ou «Guys From The Caravan.
A 2ª sessão do Festival inaugurou a exposição de homenagem à histórica sala Rock Rendez Vous. Podem ser vistos 10 painéis que fazem uma viagem por alguns dos aspectos mais significativos do RRV".
Em palco na 2 ºeliminatória e em competição estiveram os "Puny" (Viseu) e os "Money Maker$" (Lisboa).
Os primeiros são uma banda formada por Ricardo Ramos (guitarras, voz, baixo e percussão), Rodrigo Paulino (voz e baixo) e Sandro Martins (bateria). Praticam um som low-fi indie, experimental e alternativa. Pessoalmente não é o meu estilo de música nem de banda. Achei-os um pouco egocêntricos, não comunicaram minimamente com o público (que apesar de ser pouco merecia alguma atenção), e não comunicaram entre si. Pareceu-me que cada um tocou para si próprio e, na minha modesta opinião, não é assim que uma banda deve ser.
Os "Money Maker$" são uma banda lisboeta formados por Vitor Machado (voz e guitarra), Pedro Gama (Guitarra e voz), Gonçalo Santos (baixo) e Robert (Deniro) (bateria). "A sua música como eles próprios a definem "percorre sonoridades na área do rock, punk e reggae".
O Hospital Amadora Sintra passou a ser a minha segunda casa. Aos fins de semana, passo lá toda a tarde. O grande átrio da entrada é a sala de estar da nossa família. Encontramo-nos lá todos, filhos e filhas, tios e tias, primos e primas e outros parentes e amigos, alguns dos quais eu já nem me lembrava. Os dias passam como que em câmara lenta, tão lentamente que assusta.